terça-feira, 24 de maio de 2011

Esperanças de um filho...


Pela madrugada ao te ver sair aguardo um beijo doce,
Ao entardecer escrevo um poema pra te confortar.
Chegando a noite, atônita posiciono seus chinelos.

Logo virando a esquina ouço o barulho das chaves,
Não há possibilidades de me enganar.
Pois seu perfume, seus passos são inconfundíveis...

As maças do rosto tremem ensaiando um sorriso que te encante,
Não encontro nada adequado...
Pego no bolso os poemas escritos pela madrugada,
Amassados, tímidos mas expressivos.

Vizinhos são comprimentados, elogiados,
Imagino em minha ingenuidade que o excelente me restará,
Pontuo todos os assuntos.
Tudo que vivi durante meu dia

Como um vento forte você entra em seu quarto,
Esbraveja palavras que não entendo,
Mas estou habituada, posso aguardar mais alguns minutos.
As horas passam e nossos olhares não se cruzam

Mais uma noite passa, me preparo pra dormir,
E em meus sonhos, passeamos no parque, onde você
me empurra no balanço, compra um algodão doce
E cansados voltamos pra casa de mãos dadas.

A madrugada chega outra vez, e minha esperança permanece
viva de que nesse novo dia meus sonhos se tornarão reais,
enquanto isso o filho continua à espera...



2 comentários:

Renata Fagundes disse...

ai que triste ...

acho que a gente pega uma passagem no tempo e revive isso...meu pai sempre foi meio assim - distante. O que aprendi? a ser presente na vida de todos que amo :o)

beeeeeijo dona da biscoiteria ..hihi

Willian Lemos disse...

Haa que texto triste, se precisar de mim estou aqui pra ser sua companhia, não tapa o buraco deixado antes, mas pelo menos ajuda a esquentar o pezinho no frio né? Rs

Bjs te amo!!!