terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Do castelo ao calabouço...

Um dia fui rainha, fui dona de tudo e tinha poder sobre tudo e todos.
É verdade, no meu reinado minha palavra era a ultima, todos acatavam minhas ordens, e aplaudiam minhas decisões.
Eu mandava prender e soltar, mandava ir e voltar.
O vento soprava ao meu favor, nas torres de vigia eu sentia o vento que balançava meus cabelos, e isso era como um tratamento para minha pele.
Sem falar nas tardes em volta do lago, ao entardecer não tinha nada melhor do que ler as literaturas que me aqueciam o coração. Ver os pássaros cantando e sobrevoando seus ninhos.
As frutas tão prazerosas, nunca mais senti nada igual. Meus vestidos os mais lindos, simples porém me davam a sensação de ser a mais linda daquele pequeno reino.
Ali meus sonhos não tinham limite, não havia nada que não pudesse transpor. O sonho de um mundo melhor sem guerras sempre foram ideais. Até que em um dia ao anoitecer soldados invadiram e quebraram nossos portões, todos foram vendidos como escravos, muitos mortos e feridos.
Meu sonho se tornou um grande pesadelo, do palácio ao calabouço.
Sem direito a negociações...a água já não era tão doce assim.
Quando abri olhos ví que a vida havia me chamado para fora desse reino, e que deveria recriar minhas resistências, meus argumentos, minhas próprias armas.
Aprender a lutar não é nada fácil, exige estratégia, planejamento e superação.
Adaptar-se ao um novo povo, nova língua e costumes.
Tem noites em que você deverá dormir com as armaduras, não tire, e beba água com olhos bem abertos.
Não confie em qualquer um, ou qualquer conselho, mas busque as suas verdades.
Não se acomode ou se prenda por causa das correntes e névoas que te cega.
Olhe além das montanhas, siga seu coração afinal a história pode mudar.
Você que é príncipe, retome sua coroa. Talvez demore décadas, ou até gerações, mas nunca desista.
Você tem uma linhagem real...
Estou aqui sentada sobre as pedras, aguardando o grande dia em que voltarei a viver nesse lugar de paz. Enquanto isso escrevo e registro através de canções, para as próximas gerações, para que saibam que povos lutaram e alcançaram.
Não existe espada mágica, varas encantadas, palavras ou anéis, só existe uma arma a perseverança e a fé.
E algo muito importante os olhos, porque se olhos se perderem, perde-se o foco, perde-se a esperança e por fim os portais para entrar no reino.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tenham paciência comigo!

Tem coisas que parecem simples, na verdade elas são simples.
Mas pra mim nem sempre é simples, entendeu a simplicidade?

Procurei uma forma bem simples de dizer "tenham paciência comigo".
É só o que eu preciso hoje...