domingo, 1 de junho de 2014

O verdadeiro Santo Graal!

Me lembrava ontem daquele filme que assisti várias vezes, "Indiana Jones e a Ultima Cruzada".
Nossa quanta aventura, quantos detalhes, mas quero aqui ressaltar a parte que mais me chamou atenção, o desfecho do filme, depois de tanta procura, tanto pelo Jones como por outros caçadores de tesouros, enfim, encontram o tão procurado e sagrado Santo Graal. O tão famoso cálice usado por Jesus Cristo na santa ceia.
Muitos ligam o cálice a Jesus(cristianismo), mas ele já existia entre os celtas, já era procurado pelos Cavaleiros da Távola Redonda, bom não quero falar das especulações, das várias suposições.
Voltando ao filme, há um momento onde o Jones se depara com várias taças, algumas bonitas com pedrarias, outras de ouro e prata e entre elas uma taça rústica, envelhecida pelo tempo.
Ele reflete, traz a memória a história, lembra-se que se tratando do cálice usado por Jesus, filho de carpinteiro, era bem provável que sua escolha não deveria ser feita pela aparência, embora muitos atribuam a Jesus, características de riqueza e etc.
E por fim escolhe o mais simples, rústico e envelhecido cálice, sua escolha é feliz e consegue alcançar seu objetivo.
Confesso que na primeira vez que vi essa cena, apenas pensei que sorte desse Jones, que cara inteligente.
Mas comecei a pensar nas nossas escolhas, nos nossos pré julgamentos, na nossa falta de percepção para encontrar as respostas para nossas aflições. Pensei na maneira exaustiva em que nos debatemos pra encontrar a porta de saída.
Nessa grande cruzada chamada vida, dezenas de homens(digo homens e mulheres), irão querer ocupar em nossa vida o papel de mentores.
Os mais antigos, não por maldade, tentarão inserir seus ensinamentos e suas experiências, muitos desses conselhos nos farão voar mais alto, mas alguns sapatos que caberão nos seus pés, não serão utilizados por mim.
Tenho aprendido que na vida somos ensinados a vencer sempre, sorrir constantemente e dizer sou forte a todo tempo. Mas a vida real não é só feita de vitórias, e serão as derrotas que nos trarão novas estratégias de guerra para vencermos as próximas batalhas.
A tal história de precisei descer dois degraus para subir um, assunto esse que não nos agrada de imediato.
Abrir mão das nossas vaidades, dos nossos conceitos, dos nossos rótulos não é uma tarefa fácil. Optar pelo mais simples, voltar e dizer eu errei, não é pra qualquer um.
Mas certamente será para os mais sábios, nos parece nessa geração que comprar um vaso novo ao invés de tentar moldá-lo novamente é muito mais fácil.
Mas já que falamos acima sobre Jesus, ele nos deixou o maior exemplo, de alguém que sendo rei veio a terra para servir e nos ensinar a ser servos. Quando Jones escolhe a taça mais simples(penso eu) ele levou em conta sua maturidade, suas experiências como historiador, as lições tiradas ao observar o que a ganancia fez com alguns de seus companheiros.
Nossa mente diz é inconcebível viver e ser feliz com as coisas mais simples da vida, como escolher pelo cálice cheio de arestas, envelhecido pelo tempo? Rejeitado pela grande maioria?
A pedra de esquina que os construtores rejeitaram...
Não seria melhor escolher o ouro? Não fui chamado para polir, não nasci para esperar, não acredito no perdão, não acredito na transformação.
Bom se até o Jones soube escolher e se despir dos seus conhecimentos quem sou eu?

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