A menina descobre logo ao nascer seus caprichos, suas vaidades, até aquelas que são mais moleques sonham em encontrar um principe encantado, entrar pela igreja vestida de noiva, jogar o buquê, abraçar as amigas e desejar que elas logo experimentem esse sonho e claro matar as invejosas até cortarem os pulsos (ai que delícia esse veneno básico kk),com seu amor dançar a valsa em sua festa de casamento, ser felicitada por seus convidados por ter alcançado mais uma conquista de muitas em sua vida.Com ela não foi diferente sonhou, planejou, brincou, compartilhou até que chegou seu grande dia.
Meses antes lá estava ela folheando revistas, pedindo palpite aos amigos na escolha de tudo. Qual música seria seu tema, qual melhor momento dançar a valsa, que cor seria seu segundo vestido, e o sapato claro, jamais esquecer o sapato que completa todo o glamour da roupa. Os cabelos era sua maior preocupação, sempre foi sua preciosidade, compridos até a cintura, encaracolados e negros. Como sempre foi uma menina que gostava do básico, apenas os prendeu com arranjos que desciam pelas madeixas e alegravam seu rosto. Todo repertório musical fora escolhido a dedo, afinal cada uma das musicas determinavam uma fase da sua vida, o DJ responsável pelo andamento da festa um amigo intímo, porque nada poderia dar errado.
Afinal esse era seu momento, onde todos os olhos estariam fixos em seu rosto, que naquele dia estava corado e levemente maqueado, o que mais realçava, era seus lábios que brilhavam por aquele gliter que ganhou de presente quando nem pretendente havia.
Ahh o vestido como era lindo...leve o que caiu perfeitamente com seu bailado, e como dançava bem, seu rosto reluzia felicidade, sua boca não permanecia fechada um minuto sequer, pois o sorriso era constante, até lhe doía o maxilar...mas estava muito feliz.
O vestido tomara que caia em um tom azul claro que mostrava seus ombros, e aquela jóia que ganhou 5 minutos antes de dançar a valsa da confirmação.
Todos sorriam a sua volta, pessoas que não via a muito tempo, tão mudados, outros crescidos...
Os docinhos que enfeitavam a mesa, eram deliciosos, com adornos prateados combinando com as mesas e cortinas.
Uma noite perfeita e inesquecível como sempre sonhou, pena que durou tão pouco, dançou, dançou a noite toda, mas mesmo assim queria mais, muito mais, queria festejar como aqueles povos onde a cultura dita que as festas se estendam por três dias, que delícia!!
No momento da dança olhou nos olhos do amado e em silêncio prometeu amar até os ultímos dias da sua vida, pedindo a Deus que aquela música durasse a eternidade. Sentindo uma sutíl dor no coração por ter que deixar a festa, começou a despedir de seus convidados... cada mesa que passava era parabenizada...com palavras dóceis, muitos relatavam comoção, outros diziam nunca ter participado de uma cerimônia onde se sentia amor no ar, uma pequena parcela não dizia nada apenas beijava e sorria com os olhos.
Saindo pela porta daquele buffet que havia se tornado seu santuário, entrou em seu carro que iria lhe conduzir aos momentos mais agradáveis de sua vida.
Assim me relatou a moça, quando conversavamos, nunca ouví história tão linda e detalhada, naquele momento de tanta felicidade...