segunda-feira, 14 de abril de 2014

Não sei viver sem guarda - chuva!

Desde que me conheço por gente, tudo e qualquer coisa é motivo para reflexões e viagens.
Hoje dia quatorze de abril de dois mil e quatorze, pensava sobre guarda chuva(s) é isso mesmo.
Como eles são frágeis, descartáveis, baratos, insignificantes e até mal cheirosos rs.
Mas como são importantes, não imagino minha vida sem a existência de um guarda chuva, o que seria do meu cabelo? Roupa? Pele em dias de sol? Não sei sinceramente.
Eles são coloridos, revestidos, grandes, pequenos, fracos ou chegam a durar mais de cinco anos, verdade tive um companheiro que durou uns cinco anos.
Você deve imaginar, a Ariane agora começou a beber, brisar só pode rs, calma esse é meu normal mesmo, louca e sonhadora.
É que comparo pessoas a guarda chuvas, conheci pessoas que foram meu sustento, proteção em dias de sol, me cobriram quando mais precisei, se colocaram no meu lugar para sofrer enquanto eu dormia, cantaram, enquanto eu tremia de febre e não conseguia a cura.
Ensinaram-me quando eu não entendia nada, me fizeram sorrir quando meus lábios estavam ressecados de tanto labutar.
Apoiaram-me quando na minha ignorância nem sabia para onde estava indo, onde iria chegar.
Houve momentos que eu fui um guarda-chuva, daqueles pequenos no valor de uns seis reais rs mas fui.
Mesmo não sabendo o que dizer eu me preparei para ser aberto e com meu humilde tecido abrandar a dor alheia. Em momentos descartamos esse objeto tão pouco importante na vida.
Mas quem já não foi pego por aquela tempestade repentina e torceu por uma alma misericordiosa, com aquela voz suave dizer:
"Vem eu te dou uma carona não se molhe.”
Ah meu coração pulsava quando as nuvens se tornavam pesadas e eu me sentia desprotegida.
Porque junto com a sombra, vem aquele abraço, aquela conversa despretensiosa, aquele sorriso desconcertado, aquele olhar desconfiado.
O guarda-chuva traz muitas outras coisas, mas só os sensíveis podem entender/perceber.
Talvez hoje o ser humano queira ser muita coisa, um objeto de grande porte, de valor alto, de durabilidade quase eterna, sei lá, tudo menos um humilde guarda-chuva. Mas é uma pena que muitos não saibam nem quem são o que vieram fazer nessa terra, qual propósito, qual utilidade.
O grande problema da humanidade é quer ser o que o outro é, admirar a grama alheia, em questão o guarda-chuva do vizinho, imponente, importado e assim vai.
Ah gente, mas se pelo menos soubessem ser um simples guarda-chuva de bolsa.
Se pudessem reconhecê-lo em qualquer prateleira, jamais o dispensariam.
O que brilha nem sempre é ouro já diz o ditado.
Ainda hoje sou grata a Deus porque Ele continua me cobrindo através dos seus guarda chuvas espalhados por aí, hoje mesmo conversava com um rs.
Pensamentos e preces... Deus ajude meu irmão a ver brilho no que é escuro, valor no que parece muito barato pra funcionar, sorriso no que parecem lágrimas, apoio naquilo que parece frágil, abraço e conforto naquilo que parece incerto.
Eu desejo de todo coração que sejamos um guarda-chuva e tenhamos um guarda-chuva.
Porque sem ele é difícil caminhar, difícil demais.
Bom reflexões do dia quatorze de abril de dois mil e quatorze.

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