segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Metamorfose!

Quantos de vocês já se viram rolando na cama de um lado para o outro, insônia, milhões de pensamentos e uma tremenda vontade de registrar tudo ou entender tudo em questão de 5 minutos?
Pois é, meus dias tem sido assim. Um certo dia me peguei questionando alguns hábitos, costumes, manias enfim, traços lendários que trago comigo, sinto que é muito complexo, talvez claro só na minha cabeça, esses questionamentos.
Acordei um belo dia não querendo vestir tal cor, usar tal sapato, sorrir daquele jeito, frequentar as mesmas praças, dançar as mesmas musicas. Me peguei questionando se realmente gosto, ou se de uma maneira sutil aprendi a gostar.
Passamos por várias fases, começamos não gostando, sem se quer ter experimentado, depois somos levados a gostar através dos mais próximos, pais, amigos e professores.
Depois temos a certeza que não gostamos mais nossos pais nos ensinam a dizer, sim eu gosto e dar aquele sorriso amarelo.
A necessidade de pertencer a um grupo, de ser aceito nos faz gostar, ou fazer cara de quem gosta afinal, queremos pertencer.
Por fim chega a maturidade, e nosso maxilar já não suporta com a mesma resistência esses tais sorrisos amarelos, esses olhares que nada querem dizer, e essas reuniões que não chegam a lugar algum.
Eu me encontro nessa fase, a vida é tão curta pra se viver pela metade ou fingir que se está completo.
Viver se preocupando, será que agrado? Será que convenço, Será que...será...que será.
Rola aquele medo, e se eu me descobrir e isso causar indiferença, e se o meu verdadeiro eu não for tão legal e bonito como as pessoas achavam? E se me verem sem maquiagem? Sem brincos sem adornos, se me virem cantando desafinado?
Será que haverá amor se eu for realmente eu??
Bom respostas não tenho.Mas a vontade de arriscar é muito intensa, talvez porque eu seja assim, amo até com par de chinelo trocado rs.
Só sei que algo dentro de mim não me deixa quieta, e cada dia pulsa mais forte, quero resgatar coisas que ficaram lá trás, eu não havia percebido, até que dei falta!!
Meu eu, minhas origens, minhas vontades, minhas alegrias...muita coisa foi sendo fracionada e por fim extinguida.
Algo que não sei explicar grita por uma reforma, não sei quando e nem como, a vontade existe, mais que a vontade acredito que a necessidade.
Ouvi uma frase que pra muitos é assustadora, mas é verdade, quando envelhecemos nos aproximamos da morte, e uma coisa
eu quero e muito, no dia do meu enterro, a frase que diz:
"Se muito ou pouco, não sei, mas com muita intensidade!"
Espero ir de encontro a esta nova fase, porque se não trocarmos as asas, a pele e nem o bico começamos a enfraquecer, perder altura e o melhor o canto, ahhhh e se perder o canto, hum...perde-se a graça e perde-se a motivação.
Isso eu não quero...

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