Estava lendo o blog "Esse é meu respirar" do Will http://esseeomeurespirar.wordpress.com e então comecei a pensar sobre a postagem por título "Mais uma lição de vida."
Que ele fez que diz:
"Depois de 33 anos vividos aprendi que o apego é um sentimento para ser usado com muita, mas muita moderação. Enfim, vai-se a presença, mas permanece viva a amizade. "
Eu por várias vezes jurei não dessa vez será diferente, pra que ser tão transparente assim Ariane? Precisa de tanto abraço? Não precisava lembrar!
E por fim já estava entregue a situação, a amizade enfim a vida.
Eu não sei ser diferente, embora deseje todos os dias dormir e acordar uma pessoa mais fria, mais calada, bem mais reservada.
Mas certamente não seria eu, mas que tentei, tentei.
Lidar com a incerteza, a insegurança o medo de ser traído, magoado, ferido é muito difícil.
Mas como mudar? Desde os primórdios homens matam e morrem por seus sentimentos.
Mas por outro lado o que seria das mais belas canções se não houvesse desamor, desencontro, agonia e lágrimas.
Sem tristeza não há consolo, sem carência não há abraço, sem inverno não há acolhimento.
Sem bipolaridade não existirão os poemas e muito menos a pipoca, o cobertor e nem a musica aos nossos ouvidos.
A verdade é que há beleza na tristeza, você pode achar estranho essa afirmação, mas nossos poemas melancólicos, nossos desenhos em preto e branco, nossa dança bem agarradinha tudo origina do luto da alma muitas vezes.
É certo que quero rir mas se necessário for muitas vezes chorar para gerar os meus mais profundos gestos e sonhos, passarei por esse calvário.
Se a semente não morrer não há possibilidade de nascer a flor.
Portanto que venham a neve, a chuva, os ventos, mas que meu coração esteja pronto pra cantar as mais tocantes melodias, mas não sei ser diferente.
Sou coração, sou alma, sou explosão, sou gritaria, sou calmaria, sou apego, sou doação essa sou eu.
Ser correspondida não é essa a meta, ser vista talvez, ser tocada seria maravilhoso, mas o importante da alma é se expressar, se libertar.
E escrevo, eu deliro, eu transbordo sentimentos, as vezes escorre pelo canto da boca.
Eu novamente junto os pedaços, e continuo caminhando e cantando.
Medida certa não sei se existe...
Nesse momento comecei a refletir, será que conseguimos usar essa tal medida chamada moderação quando se trata de coisas do coração? Tenho minhas duvidas, nos policiamos, nos programamos e no final nos entregamos.